sexta-feira, 20 de março de 2009

Ao som de um bolero




A tarde triste, vai se despedindo
A noite chegando com seu encanto
Ao fundo faceira vem apontando a lua
Hoje cheia, vestida de prata
Se insinuando ao negro azul da noite

Logo, ao olhar pro infinito
Pontinhos cintilantes de diamantes
Incrustados no céu
Brilham chamando a atenção dos amantes

Que nesse momento romântico
As cortinas se abrirão para anunciar
Aos corações apaixonados
Um bolero de uma noite de luar

De repente um barulho forte
Parecendo um trovão
No silencio ensurdecedor daquela noite
Fez palpitar o coração

Uma lágrima que rolou dos olhos do poeta
Escorreu do seu rosto e se jogou no chão
Tamanha a emoção que sentiu
Ao contemplar sua linda fonte de inspiração
A noite de lua cheia, lhe arrebata o coração

Hoje toda lua cheia é de dor
Ao procurar seu grande amor
E não mais encontrar
Seja lá onde ele for

A lua hoje ao poeta
Vista sozinha lá no céu
Só lhe faz chorar
E recordar seu grande amor
Ao som do Bolero de Ravel

Jorge Luiz Vargas

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