quarta-feira, 11 de julho de 2007

Uma grande verdade


"Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo.
Creio que são todas concedidas por Deus
e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas.
E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés,
sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores,
haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa
e sempre úteis umas às
outras."

(Mahatma Gandhi)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

As mentiras em que acreditamos

Estive a ouvir uma canção na voz da Rita Guerra e do Beto, "Cavaleiro Andante", cantores com vozes potentes e muito, muito talento. É preciso que lhes sejam reconhecidas estas verdades. Nós Portugueses somos tão, ou mesmo (na minha opinião imodesta) melhores que os "estranjas". Felizmente não preciso que me digam para ter orgulho em ser Portuguesa, ou quando o devo sentir, ou quando devo manifestar tal facto. Não preciso de colocar uma bandeira para me lembar disso. Sou Portuguesa, tenho orgulho nisso, e pronto!!!

Bom, estive a ouvir a referida canção e outras, e cheguei à conclusão que a maioria dos seres humanos são burros e são - no conscientemente. Ora oiçam lá a letra de 99% das canções que agora circulam por aí, estrangeiras ou não, pop ou não, o que for. A conclusão a que se chega é que é tudo mentira!

O amor imortal não existe, as dores não se curam com beijinhos e carinhos e sessões de sexo infindáveis, a felicidade não está ao virar da esquina, aliás, se calhar até nem existe (será outro mito?), o romantismo (infelizmente) já morreu há muito tempo (já não há tempo para escolher uma flor, mesmo a mais singela, um malmequer de rua; para fazer um poema a pensar em alguém; para fazer um telefonema só para dizer que se sente saudades; para dar um abraço, mas um verdadeiro, um daqueles que se sente pelo corpo todo, que arrepia, que nos derrete, que desfaz como por milagre o pior humor, a maior neura; um beijo "à séria", ou seja, com muito sentimento, com muito carinho, ternura, cuidado, desejo de agradar, altruísmo e entrega verdadeira e total, sem medo; um carinho "carinhoso", sem exageros, onde o que conta é o brilho nos olhos, aquele que transparece quando nos sentimos bem, mesmo bem, quando o nosso coração palpita e a nossa alma se expande e abre ao outro, sem reservas, sem portas, toda ela luz e emoção...)... é, parece que o sentimento, o SENTIMENTO ou já desapareceu ou nunca existiu , e temos sido continuamente enganados.

Pois, cheguei à conclusão que temos expectativas demasiado altas, sonhos demasiado estruturados e compartimentados, pouca ou nenhuma espontaniedade, pouco amor (recebido e por consequência, dado), pouca resistência à recusa, ao falhanço em alcançar aquilo que nos dizem que é suposto alcançarmos, total (ou quase) incapacidade para a felicidade (?), para as coisas verdadeiramente importantes na vida, para as pessoas verdadeiramente importantes que cruzam o nosso caminho (geralmente não têm Dr.º ou Dr.ª como título, ou outros derivados).

Querem fazer - nos crer que se não somos aquilo que era suposto sermos, se não temos o nível de felicidade estipulado socialmente, então a culpa é só nossa, porque se até as canções nos dizem como alcançar a felicidade... se o não conseguimos é porque o não merecemos, não nos esforçamos como´deveríamos, não nos sacrificamos como é devido... somos mesmo estúpidos!

E o pior é quando algum de nós vê tudo isto e começa a questionar, a querer outras coisas, outro nível de envolvimento, a querer cumplicidade, companheirismo, sinceridade mesmo que isso implique um pouco de dor emocional, a querer resolver as coisas pelo diálogo, abrindo as feridas quando tem de ser para lhes tirar todo o pus, para cauterizar a infecção, para arejar as ideias, para dar novo fôlego, a exigir dos outros o que calcula exijam de si... para descobrir que é olhada de lado, com desconfiança, com animosidade até, com acusações de ser muito exigente (em tudo), de querer tudo à sua maneira, de ter medo de avançar... e com isto vamos murchando por dentro, amargurando, entristecendo, "acinzentando"... e eu que gosto tanto do arco-íris, de cores quentes e fortes...

Enfim, é assim a vida... e os seres humanos continuam a ouvir as mesmas letras nas canções e a acreditar na mentira que lhes impingem... afinal é tudo pela felicidade social!!!

E no final tudo se resume a uma e única questão:

"Onde está o Sentimento, alguém o viu, ou já o mataram?"

Por vezes a noite dá-nos paz


Por vezes a noite dá-nos paz.
Por vezes não.


Por vezes é à noite que penso em ti, verdadeiramente em ti,
todo inteiro.


Por vezes é à noite que te sinto, mesmo quando estás ausente.
Por vezes é à noite que sinto saudades, que anseio pelo teu olhar,
pelo teu toque, pelo teu calor.


Por vezes é à noite que relembro o teu sorriso, tão lindo...
Por vezes é à noite que ainda sinto na pele o teu carinho,
ainda oiço a tua voz, ainda sinto os teus lábios.


Por vezes é à noite que ainda sorrio ao pensar em ti,
que ainda palpita por ti o meu coração.


Por vezes é à noite que ainda sinto o rubor nas faces e o acelerar da respiração
ao te pressentir no escuro...mesmo estando longe.


Por vezes é à noite que a dormir digo alto o teu nome,
e sorrio, e volto a adormecer contente.


Mas...

Por vezes é à noite que choro, choro lágrimas infindáveis,
rios de tristeza que de mim transbordam em caudais por vezes violentos,
que não consigo controlar.


Por vezes é à noite que julgo tudo perdido, tudo sem sentido, sem norte.


Por vezes é à noite que me imagino sem ti, sem nós, novamente só.


Por vezes é à noite que questiono se quero seguir a mesma estrada que tu,
calcorrear o mesmo caminho, construir o mesmo futuro.


Por vezes é à noite que te chego a odiar por me magoares tanto sem sequer o notares,
e sem te importares (será?).


Por vezes é à noite que penso que para ti já nada mais sou do que um hábito,
habitual, consensual, cómodo.


Por vezes é à noite que ressurgem os fantasmas do passado, insistentes, insistentes.


Por vezes é à noite que luto contra mim para não ter de lutar contra ti......
por vezes é à noite que perco a luta...


Por vezes é à noite que me interrogo sobre quem sou para ti, e quem tu és para mim,
de mim, comigo.


Por vezes é à noite que me sinto só, tão só, sem ti,
e sei que não estás, nem vais estar.


Por vezes é à noite que me revelo frágil, enfraquecida, vulnerável, menina...
e tu... e tu...... por vezes é à noite que te pressinto desiludido comigo
por ser por vezes assim.


Por vezes é à noite que adormeço a chorar, com a alma dorida,
com o coração partido, com angústia e desilusão, com incerteza.


Por vezes é á noite que indago: Será que te amo demais?

Será que me entrego demasiado?

Será que me amas?

Como preciso?

Como podes e consegues?

Será que nos bastamos um ao outro?

E depois...


Por vezes é à noite que descanso porque te amo.


Por vezes é à noite que suspiro porque me amas.


Por vezes é à noite que nos sinto a nós, os dois, a caminhar juntos.


Por vezes é à noite que penso em ti.


Por vezes é à noite que te pergunto:

E tu, quando pensas em mim??
Por AnaIsabell

Segurança Social reclama contribuições inexistentes

"Milhares de beneficiários da Segurança Social estão a ser notificados pelos serviços de todo o país para regularizarem contribuições inexistentes. Entre 40 a 50 mil pessoas receberam uma intimação para regularizarem a dívida sem deverem qualquer pagamento ao Estado.Este erro recaíu apenas sobre os trabalhadores independentes e, segundo informação dos serviços, deve-se à inexistência de cruzamento de dados entre as Finanças e a Segurança Social.Sofia Lemos (nome fictício) é uma das beneficiárias notificadas pela Segurança Social que afirma não dever nada ao Estado. No período em que foi intimada a regularizar a dívida garante poder comprovar, com recebidos do ordenado, que efectuou os descontos devidos à Segurança Social. Apesar dos comprovativos, afirma que no departamento da Segurança Social de Matosinhos, onde se dirigiu, não lhe foi dada nenhuma garantia de que o problema iria ser resolvido. «Disseram-me apenas para lhes enviar uma carta a explicar o problema e para aguardar», assegurou.Contactado pelo PortugalDiário, Afonso Lobão, director-adjunto do centro distrital de Segurança Social do Porto, admite falhas por parte dos serviços do Estado, «possivelmente devido a informação não actualizada nos ficheiros», bem como pelo facto dos «serviços estarem em permanente modernização e daí acontecerem lapsos». Por vezes são os próprios beneficiários «que se esquecem de comunicar as alterações que fazem à sua situação laboral».Contudo, o responsável desvaloriza o sucedido e afirma que a percentagem dos beneficiários induzidos em erro pelos serviços do Estado «é mínima». Para resolver o equívoco, o director-adjunto dos serviços do Porto adianta que a Segurança Social está já a preparar o envio de uma carta a todos os lesados «com um pedido de desculpas».O processo de notificação dos beneficiários arrancou no mês passado, tendo-lhes sido dado um «prazo de dez dias», a contar da data da recepção da missiva, para que se «proceda ao respectivo pagamento das contribuições em dívida e juros de mora».No documento, a que o PortugalDiário teve acesso, pode ainda ler-se que «a não regularização da situação no prazo estabelecido determina a cobrança coerciva do débito apurado».A intimação coincidiu com o período de férias, o que levou a que alguns serviços da Segurança Social ficassem entupidos durante vários dias por beneficiários que tiveram de esperar horas a fio a fim de esclarecer o imbróglio. Após uma longa espera, e depois de ter sido feita prova de que nenhum pagamento estava em dívida, Sofia Lemos recorda que não recebeu qualquer pedido de desculpas, apesar de uma instituição da qual mais do que «contribuinte» é «beneficiária» a ter acusado de dever dinheiro. «As pessoas nem sequer se apercebem de quanto esta situação é ridícula e injusta. O tempo que perdi a tratar deste assunto bem podia ter-me custado o emprego. Todo o processo decorreu sem o mínimo respeito por quem honestamente paga todas as suas contas».

Tristeza grande, desilusão tamanha


Tristeza grande, desilusão tamanha...
parece uma daquelas frases de conto novelístico, ou de odisseia poético-trágica. Pois parece, mas na realidade a única coisa que tem em comum com as já referidas obras é a tristeza e a tragédia que as ensombram.
Ontem aconteceu-me uma coisa que, de inesperada e nunca imaginada, me apanhou de chofre, de frente, cruamente, de forma e feitio cruel tal a amplitude que teve em mim.
Ontem, dia fatídico (e que começou sem qualquer aviso do que iria mais tarde acontecer) alguém que é muito importante para mim, literalmente me espetou uma adaga no coração, na alma, na consciência, no ser, no sentimento que por ele nutro (pronto, já sabem que é um "ele"). Foi, como já referi, inesperado, brutal, cruel, mau. Foi uma avaliação de mim que não admito a ninguém, a ninguém. Foi uma insinuação precedida de uma desculpa por ter andado a espiolhar as minhas coisas (isso é trair a confiança que alguém deposita em nós, andarmos a abrir os pertences alheios), e depois seguida de uma falsa compreensão e até, imagine-se, complacência.
Foi a afirmação sem o ser, foi a insinuação velada, foi o lançamento para o ar da acusação.
Foi... sei lá, nem sei o que foi. Só sei que foi o quebrar de algo muito precioso, delicado, estimado, amado. Foi o quebrar em mim da confiança, da verdade do sentimento, da cumplicidade, do acreditar que apesar das dificuldades do dia - a - dia as coisas podem ser resolvidas, podem ser ultrapassadas, podem ser esquecidas e perdoadas.
Mas se calhar não.
Quando a confiança é quebrada, tem de ser novamente conquistada, e isso é uma tarefa árdua, morosa e dolorosa.Vai doer muito, muito. Será que pode acontecer? Que custos pode trazer para nós? Será que vamos sobreviver? Como vou agora olhar para ele?Tudo questões às quais não sei responder... ou não quero, pelo menos agora.Só sei estou triste, muito triste, e profundamente magoada... profundamente..................
.....como conseguiste?????

A fantasia da donzela frágil e desprotegida continua


A fantasia da "donzela frágil e desprotegida" continua...
É extraordinário que esta fantasia masculina continue hoje tão viva como sempre.
É extraordinário que os homens quando precisam, gostem de ter ao seu lado uma mulher confiante, segura, forte, decidida, enérgica, arrojada, inventiva. Quando precisam...
É extraordinário que, apesar de gostarem muito (dizem eles) de mulheres assim, basta que apareça uma "donzela frágil e desprotegida" (ou que aparente sê-lo... "sê-lo ou parecê-lo" [como diz o antigo ditado popular]) para que se opere uma mudança também ela extraordinária. Logo os olhos se ilumina, o peito inflama, as costam endireitam, a coluna alonga, e a voz se torna mais decidida e poderosa. É efectivamente uma mudança digna de ver.
Mas não acaba aqui, pois não. Aquela mulher que antes era muito importante para eles ( a tal forte e decidida, e segura... lembram-se?) passa para 2º plano. Tudo o que ela diz que possa relacionar-se com a "donzela" passa a ter 2ªs e muitas intenções (todas maléficas, como convém), passam a ter ciúmes descabidos e ridículos, passam a ignorar tudo o que a "donzela" tem de bom (nada de mal, ela é só bondade, pura e clara bondade), e a fazerem coisa que possam intencionalmente prejudicar a moça tão desprotegida... coitadinha.
Então, passam de companheiras e amigas, para más, mentirosas e ladras. Pois, isso também.
É extraordinário, não é?
Como podem os homens ser tão volúveis, tão influenciáveis por uma fantasia épica, tão cegos, tão maus para quem sempre lhes deu apoio, amor e amizade. Como podem??
Eu não sei, o que é facto é que podem, e o que é facto é que me aconteceu a mim.
Portanto, estamos assim... 1-0 a favor da "donzela frágil e desprotegida"
O que precisam é de ter essa moça ao lado deles nas crises, nas dificuldades, nas tristezas... depois já se lembram das 1ªs, as seguras e as fortes.