quinta-feira, 11 de junho de 2009

O amor e a dor



O amor, o mais nobre e valioso sentimento que podemos experimentar, deveria ser fonte apenas de alegria. Entretanto, para um grande número de pessoas ele é, na maior parte das vezes, causa de grande sofrimento.

Quando começa a vivenciar sua afetividade de modo mais amplo, ou seja, fora da esfera da família, o ser humano é colocado diante de muitos desafios, que colocam em teste todos os aspectos de seu ser.

A segurança interior, o amor próprio e a autoconfiança, se foram bem desenvolvidos e estruturados durante o processo de crescimento, permitirão que a relação e a troca com o outro se dê de maneira saudável e natural.

Mas, se isto não aconteceu e a carência de afeto e nutrição interior se estabeleceu, ele passará a procurar no outro alguém que irá preencher o seu vazio interno.

A partir daí, a segurança a respeito de si mesmo dependerá sempre da avaliação exterior, e quando esta aprovação não vem, ele se transforma numa pessoa infeliz, para quem uma perda ou separação se torna uma questão de vida ou morte.

Não são poucas as pessoas que acabam desistindo da vida porque alguém as decepcionou e não lhes deu o amor que elas esperavam receber. Outras continuam vivendo, porém, desenvolvem um medo do relacionamento e acabam por optar pela solidão como defesa contra o sofrimento.

Há, ainda, aquelas que se sujeitam a todo tipo de exploração e abuso emocional, vivenciando relacionamentos doentios pela incapacidade de se verem sozinhas, ainda que a relação de afeto que possuam seja apenas uma ilusão.

Não há possibilidade de se experimentar o amor de forma plena sem que este sentimento seja direcionado antes de tudo para si mesmo. Aquele que não se ama, nem consegue enxergar em si qualidades positivas, certamente dependerá de forma absoluta da aceitação do mundo exterior.

Quando se valoriza, a pessoa busca no outro uma parceria saudável, com quem pode compartilhar a vida em todas as suas dimensões, mas sem apego e dependência doentios. Esta é a única possibilidade de que o amor se transforme em fonte de alegria e não em motivo de angústia e dor.

" A Constante Aventura do Amor
Essa é a alegria do amor: a exploração da consciência. Se você se relaciona, e não reduz isso a um relacionamento, então, o outro tornar-se-á um espelho para você. Descobrindo o outro, você estará descobrindo a si mesmo também. Aprofundando-se no outro, conhecendo seus sentimentos, seus pensamentos, seus mais profundos movimentos, você estará conhecendo suas mais profundas agitações também.

... Relacionem-se... Prossigam procurando, buscando um ao outro, encontrando novas maneiras de amar um ao outro, encontrando novas maneiras de estar um com o outro. E cada pessoa é um mistério tão infinito, inexaurível, insondável, que jamais será possível que você possa dizer, "eu a conheci", ou, "eu o conheci". No máximo você pode dizer, "eu tentei o melhor que pude, mas o mistério permanece um mistério".

Na verdade, quanto mais você conhece, mais o outro se torna misterioso. Desse modo, o amor é uma aventura constante".

Osho: The Book of Wisdom

Acreditando no impossível



William Blake diz em um de seus textos: "tudo aquilo que hoje é uma realidade, antes era apenas parte de um sonho impossível". E por causa disso temos hoje o avião, os vôos espaciais, o computador em que neste momento escrevo a coluna, etc.

Em sua famosa obra-prima "Alice através do espelho" há um diálogo entre o personagem principal e a rainha, que acabara de contar algo extraordinário.

"Não posso acreditar", diz Alice.

"Não pode?", a rainha repete com um ar triste. "Tente de novo: respire fundo, feche seus olhos, e acredite".

Alice ri: "Não adianta tentar. Só tolos acham que coisas impossíveis podem acontecer".

"Acho que o que lhe está faltando é um pouco de prática", responde a rainha.

"Quando eu tinha sua idade, eu treinava pelo menos meia-hora por dia. Logo depois do café da manhã, fazia o possível para imaginar cinco ou seis coisas inacreditáveis que poderiam cruzar meu caminho, e hoje vejo que a maior parte das coisas que imaginei se tornaram realidade. Inclusive, eu me tornei rainha por causa disso".

A vida nos pede constantemente: "acredite!".

Acreditar que um milagre pode acontecer a qualquer momento é necessário para nossa alegria, mas também para nossa proteção ou para justificar a nossa existência.

No mundo de hoje, muita gente julga impossível acabar com a miséria, ter uma sociedade justa, diminuir a tensão religiosa que parece crescer a cada dia.

A maior parte das pessoas evita a luta sob os mais diversos pretextos: conformismo, maturidade, senso de ridículo, sensação de impotência. Vemos a injustiça sendo feita a nosso próximo, e ficamos calados. "Não vou me meter à toa em brigas", é a explicação.

Isto é uma atitude covarde. Quem percorre um caminho espiritual, carrega consigo um código de honra a ser cumprido; a voz que clama contra o que está errado é sempre ouvida por Deus.


De Paulo Coelho

Como a cidade foi pacificada



Conta uma velha lenda que determinada cidade, nas montanhas dos Pirineus, era um verdadeiro reduto de traficantes, contrabandistas, e exilados. O pior destes criminosos, um árabe chamado Ahab foi convertido por um monge local, Savin, e resolveu que aquela situação não podia continuar assim.

Como era temido por todos, mas não queria mais usar sua reputação de mau para atingir seu intento, momento algum ele tentou convencer alguém. Já que conhecia a natureza dos homens; iam confundir honestidade com fraqueza, e logo seu poder seria colocado em dúvida.

O que fez foi chamar alguns carpinteiros de uma aldeia vizinha, dar-lhes um papel com um desenho, e mandar que construíssem algo no lugar onde hoje está a cruz que domina o povoado. Dia e noite, durante dez dias, os habitantes da cidade ouviram o barulho de martelos, viam homens serrando peças de madeira, fazendo encaixes, colocando parafusos.

No final de dez dias, o gigantesco quebra-cabeça foi montado no meio da praça, e coberto com um pano. Ahab chamou todos os habitantes para que presenciassem a inauguração do monumento.

Solenemente, sem qualquer discurso, ele retirou o pano.

Era uma forca.

Com corda, alçapão e tudo. Novinha, coberta com cera de abelha, de modo que pudesse resistir durante muito tempo às intempéries. Aproveitando a multidão aglomerada ali, Ahab leu uma série de leis que protegiam os agricultores, incentivavam a criação de gado, premiavam quem trouxesse novos negócios para a região, acrescentando que dali por diante teriam que arranjar um trabalho honesto ou mudar-se para outra cidade. Não mencionou uma vez sequer o "monumento" que acabara de inaugurar; Ahab era um homem que não acreditava em ameaças.

No final do encontro, vários grupos se formaram; a maioria achava que Ahab tinha sido enganado pelo santo, já não tinha a mesma coragem de antes, era preciso matá-lo. Nos dias que se seguiram, muitos planos foram feitos com esse objetivo. Mas todos eram obrigados a contemplar aquela forca no meio da praça, e se perguntavam: o que ela está fazendo ali? Será que foi montada para matar os que não aceitarem as novas leis? Quem está do lado de Ahab, e quem não está? Temos espiões em nosso meio?

A forca olhava os homens, e os homens olhavam a forca. Pouco a pouco, a coragem inicial dos rebeldes foi dando lugar ao medo; todos conheciam a fama de Ahab, sabiam que ele era implacável em suas decisões. Algumas pessoas abandonaram a cidade, outras resolveram experimentar os novos trabalhos sugeridos, simplesmente porque não tinham para onde ir, ou por causa da sombra daquele instrumento de morte no meio da praça. Tempos depois, o local estava em paz, tornara-se um grande centro comercial da fronteira, começou a exportar a melhor lã e produzir trigo de primeira qualidade.

A forca ficou lá durante dez anos. A madeira resistia bem, mas periodicamente a corda era trocada por uma nova. Nunca foi usada. Nunca Ahab disse uma palavra sequer sobre ela. Bastou sua imagem para mudar a coragem em medo, a confiança em suspeita, histórias de valentia em sussurros de aceitação. No final de dez anos, quando a lei finalmente imperava em Viscos, Ahab mandou destruí-la e construir uma cruz em seu lugar.

Kazantzakis e Deus

Durante toda a sua vida, o autor grego Nikos Kazantzakis (Zorba, A Ultima Tentação de Cristo) foi um homem absolutamente coerente. Embora abordasse temas religiosos em muitos de seus livros – como uma excelente biografia de São Francisco de Assis – sempre considerou a si mesmo como um ateu convicto. Pois é deste ateu convicto, uma das mais belas definições de Deus que eu conheço:

"Nos olhamos com perplexidade a parte mais alta da espiral de força que governa o Universo. E a chamamos de Deus. Poderíamos dar qualquer outro nome: Abismo, Mistério, Escuridão Absoluta, Luz Total, Matéria, Espírito, Suprema Esperança, Supremo Desespero, Silêncio. Mas nós a chamamos de Deus, porque só este nome - por razões misteriosas – é capaz de sacudir com vigor o nosso coração. E, não resta dúvida, esta sacudida é absolutamente indispensável para permitir o contacto com as emoções básicas do ser humano, que sempre estão além de qualquer explicação ou lógica."

Ben Abuyah e o aprendizado

O rabino Elisha Ben Abuyah costumava dizer:

"Aqueles que estão abertos às lições da vida, e que não se alimentam de preconceitos, são como uma folha em branco, onde Deus escreve suas palavras com a tinta divina."

"Aqueles que estão sempre olhando o mundo com cinismo e preconceito, são como uma folha já escrita, onde não cabem novas palavras."

"Não se preocupe com o que já sabe, ou com o que ignora. Não pense no passado nem no futuro, apenas deixe que as mãos divinas tracem, a cada dia, as surpresas do presente".


A natureza Geminiana



O Sol está no signo de Gêmeos. Terceiro signo da roda zodiacal, pertence ao elemento AR e tem a qualidade mutável. Seu planeta regente é Mercúrio. Representamos o signo pelo numero II romano, para mostrar a sua natureza dupla e multiplicadora.
A curiosidade dos geminianos é notória e quem conhece um pouco de astrologia logo nota na vivacidade do olhar, nos gestos fáceis e ágeis, na vivacidade da expressão, uma pessoa que pertence a este signo. É verdade que basta ter o planeta Mercúrio em evidência no mapa natal, como possuí-lo no Ascendente ou em bom aspecto com o Sol, para expressar essa natureza geminiana.

O terceiro signo do zodíaco representa a fase da vida em que a criança começa a descobrir o mundo que a rodeia. Ela abre os olhos para algo que a atrai, um objeto, uma cor viva, um som, o sorriso da mãe. Assim, aos poucos, ela desenvolve os cinco sentidos. Aprende a reconhecer o sabor dos alimentos, estende os bracinhos para ser pega no colo, balbucia as primeiras sílabas e começa a dar os primeiros passos para descobrir algo que está muito além de seu bercinho. Por essa razão os pediatras e psicólogos aconselham os pais a oferecerem muitos estímulos ao bebê nos primeiros anos de vida! Um bebê sem estímulo terá poucas oportunidades para desenvolver todo o seu potencial intelectual e criativo. No entanto, o excesso de estímulo, como aquele que acontece atualmente em nossas grandes cidades onde temos acesso fácil à informação através dos meios de comunicação rápidos como a internet, onde existe um excesso de barulho ou de outdoors, pode ser prejudicial ao desenvolvimento equilibrado do cérebro da criança.

Uma criança que fique horas na frente da TV, ou jogando vídeogames não obterá uma motivação adequada e equilibrada e sofrerá prematuramente de estresse físico e mental. No entanto, é também verdade que o geminiano tem a habilidade natural para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, para assimilar facilmente conceitos e informações, prestar atenção na TV, na conversa na cozinha, no passarinho que voa lá fora e que ele vê rapidamente pela janela. Essa é a natureza geminiana. Porém, fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode significar não fazer nenhuma até o fim! Pois é, uma das coisas mais difíceis para o geminiano é manter-se focalizado num só assunto e segui-lo até o fim.

Os signos de ar são naturalmente intelectuais, porém o signo de Gêmeos é astrologicamente aquele que tem a natureza do 'vento primaveril', é o mais volátil de todos. Quem conhece um pouco as estações do hemisfério norte sabe a que me refiro. Na primavera, um dia faz calor e um dia faz frio, chove e faz sol no mesmo dia, e o vento (ah, esse vento brincalhão!) está sempre presente a levantar saias e despentear as cabeleiras, fazer voar os chapéus ou os panos estendidos! Aqui no hemisfério sul, este período corresponde ao outono que também é uma estação de mudança, e nos presenteia com dias frios e outros quentes, dias secos e outros úmidos e chuvosos, dias ventosos e instáveis!

Nada é estável neste mês de Gêmeos. A natureza geminiana não é estável. Eu costumo compará-la a uma bandeira esvoaçante ou a uma biruta de aeroporto, aquela que indica a direção do vento. Nos barcos à vela, coloca-se um pequeno fio colorido amarrado ao mastro para ajudar o marinheiro a reconhecer a direção do vento e, desta feita, armar a vela na boa direção e seguir o rumo. A energia deste mês pode ser benéfica ou maléfica, você escolhe como usá-la e conseguir seguir o seu rumo na direção certa. Se você souber canalizá-la poderá conseguir neste mês muito mais do que em todos os outros meses do ano! Poderá fazer contatos, adiantar projetos, tocar mais de um assunto ao mesmo tempo, tudo com extrema facilidade. No entanto, você também pode desperdiçar as energias, dispersando-as, como sementes ao vento ou até perdendo o rumo. Deste modo, não saberá se elas irão dar frutos. Você pode tocar várias coisas ao mesmo tempo, ler vários livros, iniciar vários projetos e... não terminar nenhum! Você estará desperdiçando suas energias e não usará corretamente a Luz que o Cosmos lhe fornece gratuitamente.

Lembremos que na mitologia greco-romana, Mercúrio era o mensageiro dos deuses. O mensageiro leva e traz informações. Faz comércio, compra e vende coisas, faz trocas. Mas como faremos tudo isso se não terminamos aquilo que começamos? Como podemos fazer nosso papel corretamente se deixamos inacabados nossos projetos? Eu costumo pensar que o desperdício é um pecado, pois priva os outros de algo que nós estamos jogando fora. Por essa razão, procuro sempre compartilhar, passar adiante um pouco daquilo que aprendo, assim como passo adiante aquilo que eu não uso mais. Se Deus me deu um dom não devo desperdiçá-lo. A natureza volátil de Gêmeos me parece, usando uma metáfora, como uma borboleta que vai de flor em flor, sugando o açúcar e ao mesmo tempo transportando o pólen fertilizador. Talvez ela não esteja consciente desse seu papel polinizador, mas Deus a dotou desse dom e ela o cumpre, instintivamente. Nós, seres dotados de razão (às vezes eu chego a duvidar!) podemos fazer nosso papel voluntariamente e de forma consciente.

Enquanto o Sol permanecer no signo de Gêmeos devemos procurar dentro de nós uma habilidade, um dom, um conhecimento e compartilhá-lo com outra pessoa. Eu mesma sou uma pessoa 'multi-tarefas' e preciso fazer um enorme esforço para terminar aquilo que inicio. Leio muitos livros ao mesmo tempo, ouço todas as notícias, estou sempre informada sobre tudo o que acontece, me comunico facilmente e aprendo tudo com a mesma facilidade. Com sabedoria (e com o amadurecimento próprio da idade), procuro fazer um esforço para ser mais organizada, terminar minhas tarefas, canalizar minhas ações num foco determinado. E procuro ler, estudar, me instruir sempre e continuamente e, sobretudo, procuro de modo constante utilizar meu conhecimento não somente em meu próprio benefício, mas no dos outros. Humildemente, agradeço a Deus por esse 'bom Mercúrio' que Ele me deu e procuro transmitir meu aprendizado como um simples e humilde veículo de Luz. E agradeço a vocês, caros leitores, que com seus e-mails, com seus relatos de vida, me oferecem a ocasião de compartilhar e enriquecer ainda mais meu conhecimento todos os dias.

O conselho da semana nos é fornecido pelas três letras que compõem o nome de DANIEL, o gênio cabalístico de nº 50. O salmo de oração é o de nº 102. Vamos pedir que Ele nos ajude a descobrir nossos dons, manter o foco em nossas ações e, principalmente, que nos ajude a despertar a paciência e a perseverança para terminar nossas tarefas alcançando nossas metas.

YUD NUN DALET

Aprenda a divertir - se!!!



Patrícia Casé me disse ao telefone: "estou fazendo esforço para me divertir".

Na hora, a frase me chocou: como forçar uma situação de prazer?

Depois, refletindo sobre o comentário aparentemente contraditório, vi que tinha uma certa razão. Somos rigorosos com o trabalho que envolve nossos sonhos. Mas nos deixamos levar por isto, e perdemos as pequenas distrações que dão sabor à vida.

As cordas que estão sempre tensas terminam desafinando. Os guerreiros que estão sempre treinando, perdem a espontaneidade na luta.

Então temos que exigir de nós mesmos um pouco de alegria. Não é difícil encontrá-la; está nas pequenas coisas do dia-a-dia.

É preciso fazer um esforço e se divertir, para não deixar que o bom combate vire rotina.


De Paulo Coelho

Insatisfação



Sentir-se insatisfeito com a própria vida é um sentimento que a maioria de nós experimenta ou já experimentou em algum momento. A insatisfação pode ter raízes muito mais profundas e geralmente está relacionada a emoções como a frustração, a mágoa ou uma autoconfiança frágil.

Quando a projetamos em circunstâncias exteriores de nossa vida -como a falta de dinheiro para adquirir algum bem material ou a não realização na área afetiva-, e não olhamos profundamente para nosso interior, a fim de descobrir onde ela se origina, podemos desenvolver um padrão mental de reclamações e queixas que alimenta ainda mais o ressentimento e a infelicidade.

Descobrir a fonte da insatisfação pode nos trazer respostas que a princípio podem não ser fáceis de encarar. Entretanto, olhar com coragem para nossos medos e covardias pode ser útil para enxergarmos as alternativas capazes de nos levar a um estado de realização e plenitude.

A atenção ao padrão usual de pensamentos que nossa mente cultiva é o passo inicial neste processo. Através dele, poderemos perceber até que ponto nos tornamos excessivamente queixosos e incapazes de vislumbrar uma nova maneira de lidar com a vida e seus problemas.

Conseguir dimensionar de modo realista aquilo que nos aborrece e distinguir o que é, de fato, significativo, é uma qualidade essencial para nos libertarmos da insatisfação e não permitir que ela se torne uma doença crônica.

A cura só vem quando colocamos todo o foco sobre as razões de nosso tormento e nos dispomos a realizar tudo o que estiver ao nosso alcance para experimentar uma nova energia.

"UMA MENTE QUEIXOSA, NUNCA ESTÁ EM PAZ

... Não reclame, não se queixe a respeito de nada. Pare de queixar-se por três dias!

Não reclame se a comida está ruim. Não resmungue se os mosquitos picam você à noite.
Por três dias permaneça em total aceitação de tudo o que possa acontecer. Os mosquitos ganharão algo, é claro, mas você ganhará mais, muito mais.
Se a comida não está boa, ela prejudicará um pouco seu corpo, mas prejudicará você muito mais, se queixar a respeito.

E há razões para isto - uma mente queixosa nunca está em paz.
Nossas reclamações são insignificantes, mas o que nós perdemos é muito.
Então, não reclame. Por três dias compreenda claramente que você não reclamará de nada. O que é, é. Da maneira que é, é. Aceite absolutamente.
Então, estes três dias serão maravilhosos.

Se por estes três dias você permanecer acima das questões insignificantes, se você aceitar tudo como é e deleitar-se nisso, então você cessará de ter qualquer queixa para o resto da sua vida - porque, então, você saberá o quão tranquilo e alegre é viver sem lamentações.

Por três dias desista de todas as questões insignificantes!"

OSHO - In Search Of The Miraculous

A Beleza afinal para que serve?



Ninguém consegue ficar indiferente à beleza. Por causa, dela, gastamos dinheiro com roupas, cosméticos e ginástica e viajamos para apreciar as maravilhas da arte e da natureza. Qual será o estranho motivo que atrai nosso olhar para as coisas e as pessoas que achamos belas? Elas são bonitas por si mesmas ou é a cultura que nos leva a vê-las desse modo? A busca de uma resposta mobiliza filósofos e cientistas. (Documentário. "Beleza – harmonia e Perfeição" – Channel Discovery – 1994).

Para se tentar compreender a beleza, imaginemos um mundo sem beleza, sem cor, sem ordem. Esse mundo seria sem vida, sem calor, sem emoção. Nossos cérebros foram programados para ver ordem e beleza no mundo.

Podemos tentar compreender a beleza como sendo a definição de cada pessoa, nós definimos o que ela é, podemos dizer que a beleza está nos olhos de quem a vê. Mas a ciência não vê assim, ela tenta entender por que gostamos do que gostamos? A beleza é o rosto de narciso, aquele que se apaixona por sua própria imagem, é caminho para a percepção e comunicação. É difícil colocar o rosto nas palavras. Nosso cérebro reconhece o rosto, estão afastados aí os mecanismos psicológicos. O que nos faz preferir um rosto a outro? No rosto há informações sobre o indivíduo, se são saudáveis simbolizam: beleza, saúde e simetria (equilíbrio entre o lado direito e esquerdo). A Medição de simetria determina a saúde de um rosto. Avaliamos a beleza por grau de atratividade, a beleza clássica tem simetria, a simetria anuncia saúde física. Alguns animais machos tem simetria, se aprumam, quando chegam perto da fêmea, e vivem mais que os assimétricos, tem mais saúde, pois possuem mais simetria.

O rosto simétrico, tem mais .vantagens, a pessoa é mais bem sucedida. Temos esse modelo simétrico na mente, procuramos simetria na natureza.(nas cachoeiras, no mar, nas montanhas, etc.), e quando não encontramos criamos. Na verdade é como a coisa deve ser. A simetria está em todo o lugar, entrelaçada na natureza.

Buscamos os rostos para ressaltar a simetria nos indivíduos. A economia e a religião tem influência, não é só sentimento. Se você é humano valoriza a beleza, saúde e juventude. A beleza não serve para medir o caráter, é uma característica que nos ajuda no jogo da vida, mas existem outros atributos como a inteligência e o charme, que ofuscam a fórmula, mistérios explicados pela alma faz o corpo ficar bonito.

A elegância da matemática é fundamental para a manutenção da ordem na natureza. Em tudo se encontra a matemática, do micróbio ao homem, existe uma estrutura geométrica. O homem é pura matemática. A matemática explica o perfume das rosas, isso se deve pelo fato da mesma ter a seqüência Fibonati, que é a uma série numérica simples, iniciando com 0 e 1 cada nº 1 da série e a soma dos dois anteriores, essa seqüência também se encontra na reprodução dos coelhos, o número de coelhos existindo ao longo dos meses, reproduz a seqüência Fibonatti. Em algumas plantas podemos encontrar a seqüência Fibonatti ,os galhos vão crescendo um acima do outro do nº 1 ao nº 8.

Nas coisas belas está escondida uma equação, desde bebê nosso cérebro é programado para perceber a beleza particular, podemos desde a infância definir nossos padrões. A beleza da natureza é um equilíbrio entre a ordem e o caos. A ciência descobriu os Fractais, que é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. significa que cada uma das partes reflete o todo, incluem elementos repetitivos. Essas estruturas geométricas são de grande complexidade e beleza, a imagem fractal, é gerada por computador a partir de uma fórmula matemática. Fórmula simples, mas processadas milhares de vezes e coloridas, dão origem a fantásticas refletem o mundo, criado no computador.

Até a desordem gera padrões, os padrões emergem do caos, são estruturas que trazemos dentro de nós quando nascemos, padrões que fazem com que a natureza se mantenha viva. Nós somos o caos, nosso interior é o caos. Os índios Navajos tecem seus tapetes com os desenhos simétricos criados por eles. Os Navajos, acreditam que através desses desenhos matemáticos possam experimentar a ordem do mundo, pois o ser humano já tem isso dentro de si precisa se harmonizar para encontrar o equilíbrio. O padrão de vida de cada pessoa reflete sua beleza do mundo. "beleza é a medida do homem".

Construir é essencial para expressão da humanidade, criação é a esperança diante do mundo, os edifícios suntuosos prestam um tributo a beleza. Padrões é a matemática da natureza, que geram nossos projetos quando nos propomos a realizá-los. Existe uma proporção áurea = 1,61803398. Os Pitagóricos (escola grega – séc. VI e V a.C.), estudaram as relações dos números com a natureza, arte e música. A uma dessas relações mais importantes que encontraram deram o nome de razão áurea ou razão divina. O número de ouro é um número irracional, misterioso e enigmático que surge em vários elementos da natureza .

Aristóteles e os arquitetos usaram a proporção áurea em suas criações. O Parthenon e a Catedral de Notre Dame foram construídas com o número áureo, e Michelangelo utilizava também esse número.

Também existe matemática no corpo humano, se substituir as proporções do corpo humano pelo número sagrado, as medidas vão se revelar as mesmas, podemos observar o "homem Vitruviano de Leonardo da Vinci. Encontramos arquitetos no planeta, o pássaro azul constrói seu ninho, projetamos imagens naquilo que construímos.

A beleza também é matemática da música. Pode ser invisível, mas existem padrões no ar que fazem nossos espíritos se elevarem. Para Pitágoras o som dissonante não é feito no intervalo exato. Nosso senso estético é materialista no mundo. A relação entre estrutura e sons é essencial para criação da beleza do homem.

Beleza, é a ciência que diz, que até certo ponto pode revelar nosso rosto (simétrico), na natureza surge um padrão interno, a natureza pode criar olhos belos. É uma propriedade real e objetiva do universo, e o processo de perceber o universo é reforçar esse padrão existente em nós. A beleza é ao mesmo tempo, objeto e observador, é a consciência do homem em seu mundo.

Miriam Cristina