quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Beleza afinal para que serve?



Ninguém consegue ficar indiferente à beleza. Por causa, dela, gastamos dinheiro com roupas, cosméticos e ginástica e viajamos para apreciar as maravilhas da arte e da natureza. Qual será o estranho motivo que atrai nosso olhar para as coisas e as pessoas que achamos belas? Elas são bonitas por si mesmas ou é a cultura que nos leva a vê-las desse modo? A busca de uma resposta mobiliza filósofos e cientistas. (Documentário. "Beleza – harmonia e Perfeição" – Channel Discovery – 1994).

Para se tentar compreender a beleza, imaginemos um mundo sem beleza, sem cor, sem ordem. Esse mundo seria sem vida, sem calor, sem emoção. Nossos cérebros foram programados para ver ordem e beleza no mundo.

Podemos tentar compreender a beleza como sendo a definição de cada pessoa, nós definimos o que ela é, podemos dizer que a beleza está nos olhos de quem a vê. Mas a ciência não vê assim, ela tenta entender por que gostamos do que gostamos? A beleza é o rosto de narciso, aquele que se apaixona por sua própria imagem, é caminho para a percepção e comunicação. É difícil colocar o rosto nas palavras. Nosso cérebro reconhece o rosto, estão afastados aí os mecanismos psicológicos. O que nos faz preferir um rosto a outro? No rosto há informações sobre o indivíduo, se são saudáveis simbolizam: beleza, saúde e simetria (equilíbrio entre o lado direito e esquerdo). A Medição de simetria determina a saúde de um rosto. Avaliamos a beleza por grau de atratividade, a beleza clássica tem simetria, a simetria anuncia saúde física. Alguns animais machos tem simetria, se aprumam, quando chegam perto da fêmea, e vivem mais que os assimétricos, tem mais saúde, pois possuem mais simetria.

O rosto simétrico, tem mais .vantagens, a pessoa é mais bem sucedida. Temos esse modelo simétrico na mente, procuramos simetria na natureza.(nas cachoeiras, no mar, nas montanhas, etc.), e quando não encontramos criamos. Na verdade é como a coisa deve ser. A simetria está em todo o lugar, entrelaçada na natureza.

Buscamos os rostos para ressaltar a simetria nos indivíduos. A economia e a religião tem influência, não é só sentimento. Se você é humano valoriza a beleza, saúde e juventude. A beleza não serve para medir o caráter, é uma característica que nos ajuda no jogo da vida, mas existem outros atributos como a inteligência e o charme, que ofuscam a fórmula, mistérios explicados pela alma faz o corpo ficar bonito.

A elegância da matemática é fundamental para a manutenção da ordem na natureza. Em tudo se encontra a matemática, do micróbio ao homem, existe uma estrutura geométrica. O homem é pura matemática. A matemática explica o perfume das rosas, isso se deve pelo fato da mesma ter a seqüência Fibonati, que é a uma série numérica simples, iniciando com 0 e 1 cada nº 1 da série e a soma dos dois anteriores, essa seqüência também se encontra na reprodução dos coelhos, o número de coelhos existindo ao longo dos meses, reproduz a seqüência Fibonatti. Em algumas plantas podemos encontrar a seqüência Fibonatti ,os galhos vão crescendo um acima do outro do nº 1 ao nº 8.

Nas coisas belas está escondida uma equação, desde bebê nosso cérebro é programado para perceber a beleza particular, podemos desde a infância definir nossos padrões. A beleza da natureza é um equilíbrio entre a ordem e o caos. A ciência descobriu os Fractais, que é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. significa que cada uma das partes reflete o todo, incluem elementos repetitivos. Essas estruturas geométricas são de grande complexidade e beleza, a imagem fractal, é gerada por computador a partir de uma fórmula matemática. Fórmula simples, mas processadas milhares de vezes e coloridas, dão origem a fantásticas refletem o mundo, criado no computador.

Até a desordem gera padrões, os padrões emergem do caos, são estruturas que trazemos dentro de nós quando nascemos, padrões que fazem com que a natureza se mantenha viva. Nós somos o caos, nosso interior é o caos. Os índios Navajos tecem seus tapetes com os desenhos simétricos criados por eles. Os Navajos, acreditam que através desses desenhos matemáticos possam experimentar a ordem do mundo, pois o ser humano já tem isso dentro de si precisa se harmonizar para encontrar o equilíbrio. O padrão de vida de cada pessoa reflete sua beleza do mundo. "beleza é a medida do homem".

Construir é essencial para expressão da humanidade, criação é a esperança diante do mundo, os edifícios suntuosos prestam um tributo a beleza. Padrões é a matemática da natureza, que geram nossos projetos quando nos propomos a realizá-los. Existe uma proporção áurea = 1,61803398. Os Pitagóricos (escola grega – séc. VI e V a.C.), estudaram as relações dos números com a natureza, arte e música. A uma dessas relações mais importantes que encontraram deram o nome de razão áurea ou razão divina. O número de ouro é um número irracional, misterioso e enigmático que surge em vários elementos da natureza .

Aristóteles e os arquitetos usaram a proporção áurea em suas criações. O Parthenon e a Catedral de Notre Dame foram construídas com o número áureo, e Michelangelo utilizava também esse número.

Também existe matemática no corpo humano, se substituir as proporções do corpo humano pelo número sagrado, as medidas vão se revelar as mesmas, podemos observar o "homem Vitruviano de Leonardo da Vinci. Encontramos arquitetos no planeta, o pássaro azul constrói seu ninho, projetamos imagens naquilo que construímos.

A beleza também é matemática da música. Pode ser invisível, mas existem padrões no ar que fazem nossos espíritos se elevarem. Para Pitágoras o som dissonante não é feito no intervalo exato. Nosso senso estético é materialista no mundo. A relação entre estrutura e sons é essencial para criação da beleza do homem.

Beleza, é a ciência que diz, que até certo ponto pode revelar nosso rosto (simétrico), na natureza surge um padrão interno, a natureza pode criar olhos belos. É uma propriedade real e objetiva do universo, e o processo de perceber o universo é reforçar esse padrão existente em nós. A beleza é ao mesmo tempo, objeto e observador, é a consciência do homem em seu mundo.

Miriam Cristina


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